Prefeitura quer que Corsan garanta os R$ 119 milhões em Santa Maria

Representantes da prefeitura de Santa Maria e da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) estiveram reunidos, na tarde desta quinta-feira, para tratar do impasse em torno dos R$ 119,1 milhões (recursos do PAC 2) destinados ao saneamento básico. O recurso deverá contemplar mais de 5,1 mil ligações de 11 bairros e vilas da cidade nas regiões Oeste, Sul e Norte.

Durante o encontro, foram tratados de dois temas prioritários: a data-limite para a garantia da verba ao município, que se encerraria nesta sexta-feira e da aplicação integral do montante milionário no município. Conforme o chefe de Gabinete da prefeitura, Ony Lacerda, o Executivo tem interesse em fazer com que o recurso seja, na sua totalidade, garantido para Santa Maria. Ony diz que a data para selar o convênio, que seria nesta sexta, pode ser trabalhada conjuntamente entre prefeitura e companhia.

_ É do nosso interesse que esse recurso seja aplicado, integralmente, em Santa Maria. Queremos e vamos buscar um entendimento para que isso aconteça. E a data-limite não é excludente, com entendimento das partes podemos, até mesmo, dilatar esse prazo _ assegura Ony.

Na mesma linha, o superintendente da Corsan em Santa Maria, Júlio do Espírito Santo, que não participou da reunião, disse também buscar o entendimento entre os dois lados:

_ Trata-se de um recurso expressivo e que mudará a realidade de Santa Maria. Por isso tudo, queremos que haja entendimento entre nós, Corsan, e prefeitura.

Ao menos, oficialmente, renovação da concessão não teria sido tratada

As declarações de integrantes do Executivo municipal que afirmaram que a companhia do saneamento estaria tentando se valer do recurso, obtido junto à União, como forma de antecipar a renovação do contrato, que acaba em 2016, foi colocada de lado por Ony Lacerda. Segundo ele, a renovação do contrato não foi colocada em pauta. O mesmo foi dito por Júlio do Espírito Santo.

_ Isso (renovação da concessão) não esteve em pauta. O interesse de todos é chegar a um denominador comum e colocar em prática o recurso para Santa Maria _ disse Espírito Santo.

Os R$ 119,1 milhões preveem a ampliação da rede coletora de esgoto cloacal e da capacidade de tratamento de esgoto _ que atualmente atende 55% da população. Ao fim do investimento, a Corsan projeta que o município chegue a, no mínimo, 80% de cobertura de saneamento, após a aplicação do recurso.